quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Sonho, ficção e utopia

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Passeando pelo centro da cidade, ele entra numa dessas lojas que vendem acesso a internet. Acessa mais que um micro, acessa mapas e textos. Quer fazer um roteiro da sua marcha. Quando lê um texto de Fernando Pessoa ele desiste do roteiro. Engraçado, ele sempre pensou que Fernando Pessoa era brasileiro. Mas para ele, era. Pessoa o faz desistir da rota. A vida não tem roteiros.

Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar.
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar.
Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,
Hei de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir.
Viver é não conseguir.

A fase antes da partida representava para ele um luto. A morte de uma fase. Frases incompletas. A morte das amarras, do cartesiano. A morte da ciência representa o nascimento da consciência. Consistência. O cheiro da chuva na terra molhada. O toque da sola do pé que enraiza a alma. Acalma.

Ele saiu do saiber café mais leve como se lá tivesse encontrado o sábio. Como se tivesse acessado Deus. E acessou. A sua caminhada já havia começado. O destino tava traçado sem roteiro. Foi traçado com a fé. Ca fé . A fé era a cura para o medo. A coragem invadiu seu caminho.

1 comentários:

Mirella Mattos disse...

esperando o post sobre ônibus e a falta deles na gringolândia...

beijooooooooooooooooo