Recebi um emeio de um amigo "alertando-me" sobre gastos do Palácio do Planalto. Concordo em parte com os dados apresentados por ele. Curioso são os comentários feitos neste emeio. Claro que não são do meu amigo. Deve ter sido do primeiro indivíduo que começou esta "corrente spam".
"Uma vez um amigo meu me disse, que achava um absurdo um país sustentar uma Família Real.
Ele nunca deve ter visto isto."
"CONCLUSÃO É muito mais barato manter uma Família Real do que um Presidente Operário ..."
Meu emeio resposta:
Concordo com muitas coisas, porém também é muito fácil desmontar o Estado! É tudo uma questão ideológica. Pensamento neocapitalista. Tu acha que melhoraria a estrada que tu vai pra praia se o Estado gastasse menos? Hum!? Sei lá? Tudo isso ainda vai acabar em pancadaria! Não entre nós é claro.
Outra coisa, um operário incomoda muita gente. Os dois maiores produtores de café no Brasil são italianos. A palavra exploração tem um significado aqui na nação Tupiniquin e outro no Velho Mundo. É tudo ideologia. "Quero uma ideologia para viver."
O jornalista Mino Carta no editorial da revista que edita declarou seu voto ao presidente Lula. Por que a Veja não faz o mesmo. Por que a Folha de S.Paulo não faz o mesmo. E a Globo?
O senador e "coronel" de Santa Catarina, Jorge Bornhausen declarou que teria que se livrar desta 'raça' pelo menos por 30 anos. Esta raça seria os petistas? O pessoal de esquerda. Ele estaria brincando quando afirmou isso? Ele tem muito dinheiro. Para ele não seria muito difícil. Há pessoas em Santa Catarina que dizem que esta elite e Bornhausen se inclui nela, está disposta a 'privatizar' o litoral catarinense. É só ir dar uma voltinha lá que tu já percebe. Marinas, condominios de luxo, tudo para o lazer de uma minoria, cada vez mais minoria.
A elite consciente acusa o governo de "inchar a máquina pública". Dizem que a Petrobrás é o maior cabide de empregos do Brasil. Muitas pessoas vêem de outra forma. Os engenheiros da Petrobrás divulgaram nota alertando a sociedade para a utilização exagerada de empregados temporários. Estes empregados são rectrutados por empresas particulares que prestam serviço a Petrobrás. Daí decorrem muitos problemas. O nepotismo, falta de experiência, despreparo, más condições de trabalho, inúmeros acidentes de trabalho, grandes prejuízos humanos e empresarias. Lembram da P36? Os engenheiros declaram tudo isso na época daquele acidente. E olha que foram engenheiros que fizeram tais declarações e não operários, sindicatos e qualquer outra designação que a elite tanto tem alergia.
Uma coisa me irrita muito no Lula. Ele não assume seu ideais. Ideologia é política. Assumir a a dele é pelo menos um sinal de honestidade, sinceridade e coragem.
Abração
sábado, 23 de setembro de 2006
Emeio para um amigo
Postado por Lêandro às 10:00
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21/09/2006
Tapetão da direita
A carta-testamento de FHC já confessava a derrota e abordava a forma de fazer oposição dura ao segundo governo Lula, preocupada com a adesão de opositores ao novo governo, de proteger o combalido núcleo tucano paulista diante da candidatura de Aécio Neves e de tentar preservar a imagem desgastada do ex-presidente da república.
A nova ofensiva em prol de um impeachment – desta vez comandada diretamente pelo candidato tucano derrotado à presidência – confirma o clima de derrota no campo. O apelo ao tapetão representa isso: confissão de derrota diante do voto popular. Foi assim na história política brasileira durante os anos 50 e 60, até conseguirem o golpe de 1964. Getúlio, JK e Jango, triunfadores nas urnas, foram vítimas das tentativas de golpe da direita udenista.
Naquela época, apelavam para os quartéis – eram chamadas de “vivandeiras de quartel” -, das quais a mais conhecida era Carlos Lacerda – significativamente recordada por FHC. Hoje se apela à Justiça. Não querem esperar o veredicto das urnas. Sabem que perdem. Sabem que os milhões de votos de Lula impedem qualquer aventura golpista e por isso tentam desesperadamente, na contagem regressiva para sua derrota, um golpe contra a reeleição.
Desviam, com o auxilio inestimável da mídia, a denuncia de que 70% dos negócios sanguessugas com as ambulâncias foram feitas durante a gestão de Serra no Ministério da Saúde para o tema de como foi obtida a informação. Como a pauta da discussão é dada pela mídia, esse se tornou o tema, Serra ainda passa por vítima.
No entanto, ao que parece o povo mais uma vez não dá bola pra direita e para seus porta-vozes na mídia, já roucos de gritar aos ventos que sopram contra eles. Aos vencedores, o segundo mandato; aos perdedores, o tapetão e a guerra interna para buscar os responsáveis por ela e para definir quem se candidata em 2010.
Se não lograram nada há um ano, quando o governo estava debilitado, o que podem conseguir diante dos milhões de votos de Lula já no primeiro turno? Tentam desrespeitar a voz do povo e invalidar as eleições. Se tem medo do povo, refugiem-se na sua privacidade policiada. Se não tem, aguardem poucos dias mais, para saber o que pensa o povo brasileiro – dos candidatos e da mídia.
Postado por Emir Sader às 17:03
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