A inversão da fábula da cigarra e da formiga por Carlinhos Hartlieb
Associação das cigarras
Carlinhos
Hartlieb
Depois de vários anos
cantando pro
formigueiro
a cigarra parou um dia,
o som tinha sido legal
mas alguma coisa
acontecia
e ela passava mal.
Estava cansada de fato,
cantara por tanto tempo
que esqueceu de comer
e agora dentro da
barriga
como encher o vazio,
ela não conseguia
saber
As formigas no entanto
continuavam ligeiras
nem notaram que ali
acabava
a vida de uma cigarra
entre milhares de
outras
cantadeiras
verdadeiras.
Na 10ª geração
vinda depois da nossa
amiga
as cigarras haviam
mudado,
já se olhavam entre
si.
E até vaziam do canto,
profissão reconhecida.
Aqui vai a nossa
homenagem a todas aquelas pessoas que
se dedicam a arte
musical. A todas aquelas pessoas que dão a sua
vida para sua música.
Muito obrigado a todos.
Um dia então
aconteceu,
o rei do formigueiro
apareceu
convidou aquelas que
quisessem,
separou das que não
gostou.
E ordenou a cantoria
que a noite inteira não
parou.
Quando amanheceu o dia
muitas haviam
sucumbido,
outras o canto perdido.
O rei e as formigas
dormiam
comemorando a vitória,
o feriado e um povo
ferido.
Dali em diante a
tristeza
acompanhou o cantar,
eram notas em tom menor
e eram som bonito
que o formigueiro
aflito
nem conseguia notar.
Então as cigarras um
dia
pousaram todas na
figueira
e ouve um silencio
total
nada no ar se mexia
e o tempo foi passando
e nada nada acontecia
a não ser o
formigueiro
que mais e mais tremia.
Parecia que lá dentro
ninguém mais se
entendia.
Foi um estouro de
alívio
que recomeçou a
cantoria.
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