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Os passarinhos nasceram para voar. Mas ele não. Teve um destino diferente
Caminhar era o seu destino. Um problema nas asas. A impossibilidade de voar.
Assim ele decidiu se transformar
Ele mora num num amplo jardim, numa ilha de flores, rodeada de grama por os lados. Jardins que pelas mão dos jardineiros mudam de cor a toda hora. Hora vermelho, hora verde-água
Ele está lá bem no meio das flores. Lá ele está protegido. Ele sabe que ninguém pisa em flores. Por viver no chão ele tem medo de morrer de morte pisada. As vezes ele sai para passear. Ele olha as pessoas. Gosta de comer insetos e as porcarias que os homens comem. Tipo bolacha, salgadinho. Beber só água. Afinal de contas existem águas que passarinho não bebe
Hoje choveu. Ele saiu para ver como estava a região. Os demais passarinhos estavam todos eufóricos com aquela aguinha que caía do céu. Voavam serelepes para lá e para cá. E o passarinho não saía do chão. Que destino! Aceitar viver no chão. Ele é um passarinho feliz ele é diferente ele vê o mundo diferente, mesmo mais indefeso.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
O passarinho
Postado por Lêandro às 16:56
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2 comentários:
Que chova cachaça!
para os passaros que voam, tudo é pequeno.
para o passarinho que não voa, anda. as coisas são grandiosas.
Para os que voam, tudo é passageiro.
Para que anda, cada passo é uma pequena passagem.
abraços
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