sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Brincar

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Minha mãe, agora não brinca mais comigo. Os anos se passaram. Brincar, ela brinca. Ela não é parceria para "brincadeiras" que exijam certo esforço. Também dera ela nasceu em 45. Da forma que ela esqueceu que eu cresci, eu tenho que aceitar que ela envelheceu.

Agora é outra fase. É a fase de conversar, trocar experiências -olha que ela têm bastante-, ou simplesmente curtir o silêncio ao lado dela. Brincar de fazer o almoço junto com ela. Às vezes gosto de ser sapeca com ela. Incomodá-la me faz lembrar de quando eu era criança e a incomodava a toda hora.

Ter filhos é ter " incomodações ". O parto é um estresse, não pelo próprio parto, mas é que alí está nascendo "um estresse, uma incomodação" Hehehe. É cômodo não ter filhos. Bom, mas como eu ia dizendo, minha mãe não "brinca" com meus brinquedos de adulto. Mas ela fez o mais importante, me ensinou a brincar! a ser criança mesmo quando adulto.

Agora eu gosto de brincar por exemplo de fazer trilha. Caminhar por horas em caminhos nem sempre confortáveis, mas de beleza exuberante. A natureza é meu "pleigraunde". Ela não me acompanha, porém eu acompanho ela. Agora é minha vez de acompanhá-la. O brinquedo agora é dela. Ela escolhe o que quer brincar.

Na trilha da vida, ela me ensinou andar, agora, os lugares sou eu quem escolho. E na hora do descanso eu brinco com ela.

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