segunda-feira, 2 de janeiro de 2006

Sul de Florianópolis I

Voltei, depois da 'volta' em Florianópolis. O sul da ilha é diferente do norte. O sul é mais simples, mais hospitaleiro, mais verde, mais interessante. Os moradores das pequenas e pitorescas comunidades são acolhedores. Tivemos boas conversas. Após 40 minutos de trilha, entre a Solidão e a selvagem Saquinho encontramos a natureza exuberante. Lá também encontramos seu Adailson. Cabelos brancos, barba comprida. Olhos marcantes. Ele nos contou suas histórias e estórias. Muito organizado e desapegado nos mostrou seu trabalho. Artesanato feito com bambu da mata. Bonito trabalho. Sem luz elétrica e solitário, seu Adailson vai levando sua vida. Se diz sem pátria, sem bandeira, sem família, sem esperança. Demonstra calma, muita calma. Sem horários. Dorme quando está com sono e come somente com fome. Dorme em rede. Sua vida é sustentável. Pouco impacto na natureza. Disse que os seres humanos necessitam viver em ressonância planetária. Viver em freqüência com o meio. Nossa conversa passou pela religião, meio ambiente, filosofia de vida, relações humanas. No fim da tarde começo da noite nos despedimos do seu Adailson e retomamos a trilha para a Solidão.

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